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A TV que queremos

A TV que queremos é diferente dessa que está no ar. Veja bem, não existe ninguém satisfeito. Sempre existe um horário – ou vários – em que você não vai encontrar absolutamente nada para assistir.

Tente encontrar algo no período da tarde. Obteve sucesso? Difícil, a programação é repleta de reprises, como se o público que está em casa nesse horário não merecesse um bom programa inédito para assistir.

E queremos isso: um bom jornal, uma novela que instigue e nos faça viajar, esportivos, filmes e séries de qualidade. Queremos, acima de tudo, respeito.

Mas eu insisto leitor: se você não está satisfeito e não se sente respeitado, mude de canal, assista via internet. Lembre-se sempre: se você dá sua audiência é sinal que concorda com os mandos e desmandos dos donos de TV.

Se o padeiro te vende um pão ruim, você volta no dia seguinte? Não, e na TV também deveria assim. Precisamos aprender a comprar o que desejamos assistir e brigar por opções melhores.

E isso não vale apenas para um canal de TV, você deve lutar por condições melhores e respeito em seu trabalho, no hospital, supermercado, na política e na vida cotidiana. Respeito é bom e todo mundo gosta.

E nós do Cena Aberta fazemos nossa parte, colocando a boca no trombone diariamente e mostrando que somos cabeças pensantes que geram debate através de opiniões diversas para chegar em um consenso. E é assim que os profissionais de TV devem fazer: debater e gerar idéias para produzir.

É preciso fazer valer o “Penso, logo existo”.

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Finalizo esse especial desejando que os próximos 60 anos sejam melhores e mais produtivos e que enfim os donos das emissoras do Brasil aprendam a fazer a TV que queremos. Quem sabe um dia!
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10 itens fundamentais para se ter um bom canal de TV

Obviamente que uma produção televisiva demanda muito mais itens que os que serão citados a seguir. Fosse simples assim cada minuto na TV não seria tão caro.

Cada programa demanda uma equipe muito grande, por isso essa afirmação. Mas alguns detalhes são indispensáveis:

1- Criatividade. Se for pra colocar no ar o famoso "mais do mesmo" é melhor reprisar;


2- Responsabilidade. Tem apresentadores que fazem uso do poder que lhe é conferido pelas câmeras e se sentem no direiro de vomitar abobrinhas pra resultar em audiência, mas nem sempre o que falam se escreve, é apenas para gerar polêmica;


3- Respeito. Não dá pra ficar seguindo as vontades dos donos de TV que mudam os horários dos programas a cada nova dor de barriga;


4- Interatividade. Ninguém é o dono da verdade, por isso é bom e um sinal de respeito considerar a atenção dos telespectadores;


5- Estratégia. Uma empresa sem estratégia é uma empresa morta, é preciso planejar o hoje e pensar no futuro, o famoso "longo prazo". Sem planejamento é usual chamar uma emissora de "pouca prática";


6- Flexibilidade. Um programa sem opções também faz parte do quesito "pouca prática", afinal, se uma coisa não deu certo hoje, o que fazer amanhã?


7- Conjunto da obra. De nada adianta uma boa ideia se ela é mal executada e se ela não sai do jeito planejado é sinal de que a equipe não colabora, não são profissionais capacitados para tal;


8- Profissionais. Para executar o item anterior, como foi dito, é preciso ter pessoas preparadas. Na TV muitos tem um nome mas falta talento;


9- Planejamento. Muitas coisas na TV são feitas de "ontem para hoje", ou seja, apenas pra testar. Se der certo fica, se não vaza. É o famoso "tentar a sorte"

10- Vontade. Esse último item é um dos mais importantes: não adianta fazer por fazer é preciso ter vontade: tudo o que vem fácil vai fácil, ou seja, você pode ter dado certo, mas vai se sustentar como se for um sortudo do hoje e um esquecido amanhã?;

Tudo isso para início de conversa, contudo, bem sabemos que muitas produções televisivas não fazem nem metade disso. E ainda assim querem resultados!
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TV: O velho melhor que o novo?

Seria uma mentira que a TV de antes é melhor que a de hoje? Bem, vamos analisar.

Falamos do "jeitinho" de Silvio Santos gerenciar seu canal de TV, sempre focando em reprises ou repaginando programas.

Também outros canais apostam no repeteco puro e simples ou em um remake: não é se hoje que a TV Globo volta e meia aposta em um sucesso do passado para alavancar a faixa das 18h: ali várias novelas já foram refeitas, muitas do autor Benedito Ruy Barbosa.

Agora, atentendo a milhares de pedidos, a GloboSat, das Organizações Globo, lançou há poucos meses o canal Viva que reprisa séries e novelas antigas mescladas com atrações da própria Globo ou GNT que contam com horário alternativo em sua programação.

Não são poucos os que afirmam que caso o Viva fosse transmitido em sinal aberto poderia facilmente bater concorrentes da Globo como SBT e Record.

Caso essa afirmação fosse mentira a própria Globo não limitaria as produções que são disponibilizadas para re-exibição.

Mas se hoje o passado é mais interessante e se no futuro esse passado já é reapresentado hoje, as TV´s vão viver do que?
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Quando todo mundo vê, menos o dono de TV

Sabe aquela historia de que o patrão precisa estar de olho em sua empresa porque “o olho do patrão engorda o gado”? Atualmente dá para estar presente mesmo quando ausente, afinal o uso de um sistema de câmeras possibilita acompanhar o andamento dos negócios.

No caso da TV, um patrão ausente estaria por dentro e aplicando as informações conquistadas através de consultoria totalmente grátis que recebe.

Lembram que eu falei do caso de Daniela Beyruti, filha de Silvio Santos, que interage via Twitter com os telespectadores do canal e, através desse veículo, aplicou algumas mudanças na grade do SBT? Algumas erradas, é bem verdade, mas deu atenção a essa parte do público da emissora.

E na internet o que não falta é gente palpitando por meio de e-mails, fóruns ou Twitters da vida. Não estou dizendo que tudo deve ser feito seguindo as idéias provenientes desses veículos e sim as sugestões deveriam ser anotadas e discutidas em um conselho que reúna as “cabeças pensantes” responsáveis pela programação.

A questão é que isso dificilmente acontece, afinal se não ouvem o público fingem ignorar inclusive os críticos de TV que diariamente “batem a cabeça” tentando através de seus artigos dar um sacode na televisão do Brasil. E o que alguns empresários fazem é calar essas vozes – muitos críticos foram contratados por emissoras e...

Da mesma forma essa publicação que visou analisar e buscar soluções para nosso querido brinquedo tem por única função chamar a atenção dos telespectadores sobre seus direitos e inspirá-los a buscar por respeito ou alternativas como a internet. Os donos de TV, como de costume, não iriam considerar o que foi escrito.

É por isso que em dez anos escrevendo sobre TV a sensação não é a de dever cumprido e: parece que estou começando hoje, ainda mais quando existe a sensação de que os canais brasileiros pioraram ao longo do tempo.

De gratificante apenas a companhia de você, leitor, que usa espaços como esse para desabafar e para tentar lutar por respeito. Quem sabe nos próximos 60 anos?
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Uma TV diferente está nas mãos do telespectador

O telespectador brasileiro não sabe - ou sabe e pouco se importa - mas a existência de uma TV melhor está em suas mãos. Da mesma forma que o país, a partir do momento em que existir a consciência de que os governantes são nossos funcionários e deveriam trabalhar por nosso bem. Se é diferente disso, cabe ao "patrão" solicitar que seja diferente.

E na TV também é assim, somos os chefes.

Ora, se um programa não tem audiência ele não fatura e se não fatura ele não se banca, ou seja, colocar uma atração televisiva no ar é muito caro e se está dando prejuízo...

Entendem?

Nossa arma é o controle remoto. Se você telespectador se sente desrespeitado não precisa reunir um pessoal e fazer um movimento contra essa emissora. Basta mudar de canal.

Eles p-r-e-c-i-s-a-m da gente!

Quem fez o SBT cair da segunda para a terceira posição não foi o público, cansado de tantas e frequentes mudanças na grade? Pois então.

Assim que tem que ser, se o "patrão" abaixa a cabeça e deixa o "funcionário" pintar e bordar, o resultado é um chefe insatisfeito e um funcionário feliz da vida, pois não precisa ter a menor responsabilidade sendo que não existem consequências.

E o telespectador tem sim usado sua "arma" ao optar por um DVD ou quando assiste um programa de TV via internet. Os funcionários é que ainda não perceberam que estão com uma corda no pescoço prestes a se enforcar.

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E os bons tempos que não voltam mais?

Sou de uma geração feliz que pode ter saudade de muitas coisas.

Lembro com carinho do finalzinho do Balão Mágico, Xow da Xuxa, Bozo e os demais programas comandados por Mara, Sérgio Mallandro, Mariane, Eliana, Angélica - isso no campo infantil.

No humor acho que é quase unanimidade que Os Trapalhões foram um marco na TV nacional e também no cinema, com filmes que valem a pena ser vistos e revistos em diversas fases de nossas vidas.

Novelas como Que Rei Sou Eu?, Vamp e outras que viraram mania, ou as mais sérias e emocionantes como Mulheres de Areia, A Viagem e Por Amor.

E o Fofão? Bolinha? Escolinha do Professor Raimundo?  Os programas da Terça Nobre, como Brasil Legal? Se lembram daquele menino Tom do Cajueiro? Uma pessoa comum que também habita nossa memória e que nos emocionou.

Caça Talentos, Programa Livre, ...  e os filmes? Ghost, Uma Linda Mulher, Se meu Fusca Falasse... as músicas? Roupa Nova, Kid Abelha...

A lista de opções é infinita e mostra o quão vazios estamos de boas produções atualmente. A pergunta que se faz é: o que iremos nos lembrar daqui dez anos?

Eu não me lembro no ano seguinte quem foi o campeão da edição anterior do Big Brother Brasil!

O que você vai colocar no televisor para seu filho assistir? E os brinquedos? Cara-a-cara, Cara Maluca? Banco Imobiliário, será que ele vai gostar ou vai preferir os de desenhos violentos que são  a moda?

Ou já vão optar por um celular ou a calça jeans da moda, CD ou DVD do Justin Beieber ou Jonas Brothers?

Ah, lembrei do Menudo, dos clipes do Michael Jackson, os Beatles...  não disse que a lista não teria fim? Saudade, é a palavra.

E sabe o pior de tudo? A geração de hoje está tão diferente que se virem na TV uma loira com "xuxas no cabelo" e botas de cano alto branca irão achá-la brega, e essa era a moda das décadas de 80 e 90.

Somos a "geração mico"? Os mais novos podem rir, mas eu prefiro vestir essa camisa.

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A escassez de criatividade na TV

O tempo passa e ainda assim uma famosa frase do inesquecível animador Chacrinha continua fazendo história: "Na TV nada se cria, tudo se copia". E não precisa ir muito longe para buscar provas de que isso realmente acontece.

Na temporada atual tivemos as séries na faixa das 21h, tentativa de sucesso do SBT que fez a emissora de Silvio Santos retomar a segunda posição no horário.

Porém, a falta de estratégia colocou fim a festa: fizeram uma enquete para avaliar qual atração o público gostaria de ver - consultando apenas a internet,com público restrito - e uma série que agrada todas as idades como Sobrenatural acabou sendo substituída por Gossip Girl, produção  adolescente com uma proposta destinada a um nicho específico.

O resultado foi catastrófico e foi de encontro com a inteligência da Record, que no mesmo dia veio com CSI e roubou o público que antes sintonizava no SBT. Na sequência veio a Band, sem sucesso, apostando no filão.

Também envolvendo Band e Record o extinto Programa da Tarde e o Tudo a Ver - que vai e vem na programação  da Record - ganharam versões na Band com o Video News e PopCorn, e aqui cabe dizer que nem tudo o que é bom é copiado: as duas atrações da Record são e sempre serão motivo de críticas. Anos atrás tivemos ainda os quadros de sucesso de Denise Fraga e Regina Casé no Fantástico reproduzidos no Domingo Legal, ainda com Augusto Liberato.

Não bastasse isso, existe uma onda crescente no Brasil de se comprar atrações já prontas dos Estados Unidos e produzir versões brasileiras (Big Brother Brasil, CQC e afins).

Ou seja, além das cópias das concorrentes esse outro fator comprova a incapacidade do Brasil, que está em um plano inferior quando comparado às TV´s lá de fora.

Ainda podemos acrescentar que parte das grades de programação são ocupadas ou por reprises ou enlatados. Na sequência vem o sensacionalismo.

Assim as emissoras brasileiras vão tocando sua vidinha e acreditanmdo que estão dando o eu máximo para agradar o telespectador e o resultado é que continuam precisando ter suas audiências somadas para atingir a da Globo, que tem a grade tomada em sua quase totalidade por atrações próprias.

Ou seja, falta o principal: a criatividade e vontade de fazer. E pelo jeito vai continuar faltando.
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O tempo passa e tem coisas que não mudam

O próprio título deste artigo diz tudo sobre a televisão brasileira, exceto por um detalhe: volta e meia mudam para a pior.

Pode até acontecer uma mudança significativa como a promovida pela Record quando encanou com esse lance de "a caminho da liderança", mas foi um período de altos investimentos jogados no lixo, afinal logo mostraram que não eram aquela "Coca-Cola toda".

Ou como no caso do SBT que por um período considerável teve uma grade consistente de programação e sem alterações bruscas, coisa que era a marca registrada do canal de Silvio Santos.

Mas o que se vê, ao longo do tempo, é uma tentativa de apostar em uma programação melhor, porém, as emissoras tem preguiça de pensar no longo prazo e, a curto, querem audiência instantânea. É nessa que voltam a apostar em grades instáveis e atrações sensacionalistas para manter a audiência em evidência.

E isso se repete ao longo das décadas especialmente quando o assunto é jornalismo ou telenovelas. Festival de tiros salvam as duas opções, nudez e sexo a segunda - a extinta TV Manchete que o diga.

Isso, para quem analisa as atrações televisivas é frustrante por dar a triste sensação de que nadam, nadam e morrem na praia.

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Respeito, confiança e costume: três palavras chave

Elaborar uma grade de programação e ter sucesso com ela não é tarefa das mais fáceis. Mas é como bater um bolo: a receita está ali, basta misturar e colocar no forno para em seguida vê-lo pronto.

Pode virar "sola de sapato" ou queimar, assim como um programa pode não ter aceitação junto ao público.

Mas tem passos que são fundamentais para uma grade dar certo e uma delas é o famoso "televisão é costume", apesar que eu geralmente digo que alguns confundem com estrume.

E por costume, é bom dizer, imagina-se uma programação estável com poucas e singelas mudanças e não grade que mudam frequentemente e diversas vezes em um único mês, com direito a novelas canceladas e até "jornal em férias".

Essa única palavrinha – costume - resulta nas outras duas: horários fixos significam respeito ao público alvo, o que faz com que os telespectadores se sintam convidados a voltar no dia seguinte.

Pronto, está aí a confiança.

Mas pra fazer tudo isso dar certo precisa de mais duas coisas: trabalho e... sorte.
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O que falta para termos uma TV decente no Brasil?

Falta um monte de coisa, pra não dizer tudo. Mas é quase.

Primeiramente profissionais competentes e capacitados para os cargos que ocupam.

Em segundo lugar pessoas com vontade de fazer e acontecer. Temos visto muito do "vamos fazer de qualquer jeito e se não der certo a gente tenta de outro". Ou insiste no erro.

Copiar não é fazer, é copiar. Fazer é ter uma equipe que pesquise, desenvolva.

Falta, acima de tudo, pessoas que levem a sério e acreditem no que estão fazendo.

Ah, e tem uma coisa que é fundamental: em lugar onde muitas pessoas mandam o resultado é trágico, ainda mais quando dentre eles a maioria sequer entende do que está fazendo. E isso é mais comum do que você pensa.

Mas, pra facilitar, você leitor pode ter a TV como utopia. Você para de brigar e passa a acreditar que "é o que tem pra hoje, amanhã e sempre".

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A TV ainda dita moda?

Acho que essa pergunta é até bobagem, afinal é visível o poder que a TV exerce no gosto das pessoas.

O cabelo das famosas, o visual de Patrícia Poeta no Fantástico, as roupas esquisitas do Fiuk. Quem nunca se deparou com um jovem trajando roupas como as usadas pelos componentes do RBD?

Hoje podemos dizer até que é mais fácil ter em casa algo utilizado na novela das oito, a Globo é tão esperta que montou uma loja na internet só para vender produtos idênticos aos da mesa de jantar de A Grande Família ou os roupões e jogos de cama do Big Brother Brasil. Ou seja, uniram o útil ao agradável, afinal, o canal recebe incontáveis ligações de telespectadores questionando sobre algo que viram na TV e, com a Globo Marcas, faturam enquanto "ajudam os fãs".

E a moda proveniente da TV é ainda mais comum quando se trata de crianças, basta um desenho estar na moda para ela colecionar itens com os desenhos do Bob Esponja ou Ben10 estampados. E o mercado sabe muito bem o quanto é fácil influenciar no gosto das crianças e a dor de cabeça que provocam nos pais.

Cabe dizer, em contrapartida, que não apenas em coisas boas a TV influencia seu público: muitos vilões de novela se deram bem e a realidade retratada nos noticiários inspirou novos bandidos.

Bom seria se o telespectador se interessasse apenas por aprender a nova receita de bolo apresentada no Mais Você, mas não é bem assim.

A TV cria modas, boas e ruins. Cabe a quem está do outro lado decidir qual delas irá seguir.
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A cara de pau de quem faz a cabeça do telespectador

Ter credibilidade é algo difícil e apenas uma manchinha no histórico pode ser fatal. Vejam o caso do apresentador Augusto Liberato: o telespectador não o perdoou após o escândalo do PCC - quando forjou uma entrevista - e até hoje não repete os mesmos índices de audiência.

E não são poucos os famosos que usam a confiança do público para faturar em cima disso. Muitos apresentadores de TV enganam seus fãs recomendando os mais bizarros produtos enquanto faturam em cima. Sabe aquela pessoa que diz que usa o remédio para emagrecer mas continua acima do peso? Pois então.

Tem ainda os que continuam atuando mesmo longe das telinhas. Namoram quem não namoram de verdade e muitas vezes se casam para se promover por conta de algo que não existe.

Aí vocês perguntam: como isso não cai na mídia?

Apesar de hoje em dia estar tudo muito liberal informações sobre as "verdades verdadeiras" do mundo das celebridades circulam em blogs pequenos, alguns "guetos", a  mídia em geral não divulga - apesar de questionar ou fazer "brincadeirinhas" - por receio de processos e também porque o famoso em questão pode virar as costas para a publicação e, convenhamos, a imprensa de celebridades precisa de... celebridades!

Pra que arrumar briga?

Enquanto isso, o pessoal do lado de cá sonha se casar com o cantor famoso ou em como deve ser maravilhosa a vida de casado daqueles pombinhos da revista que "super se combinam".

É tipo "novela 3D", na tela da TV ou no mundo real é tudo mentirinha. Acredita quem quer ou até que a festa não tenha fim!

Gugu que o diga...
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A falta de profissionais de verdade na TV

Crescemos ouvindo de nossos pais que devemos estudar para ser alguém nada vida e hoje em dia muitas pessoas possuem um diploma enquanto muitos pais tinham apenas a quarta-série.

Na verdade para eles é meio que um sonho ver os filhos formados e conquistando o sucesso profissional, uma realização que eles mesmos não tiveram por terem tido que trabalhar cedo para contribuir em casa.

Porém a realidade não é tão simples como dizer "estudar para ser alguém".

Além da dificuldade de encontrar uma boa escola e conseguir ingressar em uma faculdade, tem o problema de ser explorado por patrões que fazem seus estagiários de  “gato e sapato” e muitas vezes sem dar uma real oportunidade: geralmente você faz o trabalho e outro leva a fama.

Esse outro não é um profissional de verdade como você, mas ele é amigo do dono, tem influência e por isso ocupa um cargo importante.

E na TV, como em vários outros lugares, isso é mais comum do que se pensa.

É visível especialmente em produções de teledramaturgia, quando um rosto ou corpo bonito vale mais que um talento de verdade e, para quem realmente tem o que mostrar, fica a frustração.

Só que há um porém: sem profissionais de verdade as barbeiragens televisivas também ficam visíveis, contudo, ainda assim, os "profissionais" não entendem que é preciso mudar.

Urgente.
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Internet roubando público da TV

Desde sempre quando surge uma nova mídia começam a especular sobre o final de outras. Até na internet isso é comum, sempre que aparece um Facebook, Orkut ou Twitter da vida, como se esses veículos não pudessem sobreviver juntos, cada um agradando determinado nicho.

Atualmente, dentre as especulações, dizem que a internet está roubando público da TV. É preocupante? Depende do ponto de vista.

Na verdade, apesar das febres como Twitter ou MSN, muitos internautas dedicam seu tempo para assistir algo que perderam na TV ou simplesmente preferem assistir pelo computador. Há ainda os apressadinhos, os que não querem esperar uma série chegar ao Brasil e fazem download logo após a exibição nos EUA.

Ou seja, o que quero dizer é que as pessoas continuam assistindo TV porém fazendo uso de um outro meio para tal.

Como foi dito, dependendo do ponto de vista pode ser bom. O Globo Media Center é uma prova disso: a Globo vende publicidade e fatura com o público que prefere assistir online.

E pode ser realmente um caminho sem volta quando esse internauta descobre que na internet ele pode montar sua própria programação, sem intervalos e a total falta de respeito das emissoras.

Por ora essa alternativa não é tão perigosa, afinal a rede mundial de computadores ainda não está na casa de todo mundo, apesar de avançar dia após dia.

No entanto, mesmo não sendo alarmante, deve ser analisado com cuidado, mas isso para os profissionais que realmente se importam com o futuro. Se o importante é apenas o hoje, então não, a internet "ainda" não é uma vilã.

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Qual o futuro da fábrica de sonhos?

A televisão é uma paixão dos brasileiros, não há como negar. Para muitas famílias é sagrado, por exemplo, assistir ao Jornal Nacional e a "novela das oito". 

Num encontro em família, bate papo com amigos ou um dia no salão de beleza é comum o assunto girar em torno dos dramas da novela ou das eliminações de um reality show como o Big Brother Brasil.

É complicado falar em futuro quando o presente é desastroso. As emissoras brasileiras sofrem com dois grandes problemas: a falta de criatividade e a falta de respeito. É muita falta com 24h de programação para preencher.

O que acontece é que na maioria das vezes com tantos canais abertos disponíveis é difícil encontrar algo que salve. E sempre foi assim, com um ou outro período melhor.

Mas a verdade é que realmente parece que a TV de antes era melhor que a de hoje.

Fazendo uma varredura em nossa memória ou fazendo uso do acervo do YouTube essa percepção ganha força.

É notável, inclusive, que o gosto das pessoas também mudou: antes o que era super bacana seria um mico na TV atual. Imagine Xuxa usando "xuxinhas" e suas famosas botas ou o Bozo comandando um infantil?

Não dá pra imaginar mesmo porque as crianças aparentemente já nascem querendo ver programas de adultos. Com isso, essa é uma memória que a geração atual não terá.

Irão se lembrar de que? De quem brigou com quem no BBB ou do quanto a Record fazia sensacionalismo?

Portanto, se a TV já se encontra em um nível deplorável a tendência é estar ainda pior no futuro e eu realmente espero estar errado.

E se a TV de antes era melhor, a tendência é ser ainda pior no futuro? Tomara que não, mesmo porque a tendência é de “afunilamento”, só vai sobreviver quem conseguir segurar o avanço da internet – ou juntar-se a ela.
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Globo acerta apostando em novo filão

A TV Globo é conhecida mundialmente por suas telenovelas, tanto que hoje até co-produz versões de seus sucessos em outros paises. Porém o "plim plim" nunca foi um canal acomodado e sempre buscou criar opções que não restringissem seu foco às telenovelas, portanto, as séries sempre foram uma opção.

De um tempo para cá o investimento tem sido cada vez maior.

Antes as novas produções eram "testadas" como especiais de final de ano e, quando aprovadas pelo público, entravam no ar.

Hoje em dia é mais frequente usar o artifício de temporadas curtas para várias séries, novas ou já conhecidas do público: elas se revezam na programação e tem retorno garantido de acordo com a audiência alcançada. E várias delas são sucesso de audiência e crítica.

O esquema de temporadas é utilizado em outros países e também já era uma realidade no Brasil - A Grande Família é um exemplo. A diferença é que a Globo está produzindo muitas séries e a maioria não está ali apenas para ocupar espaço. São realmente boas e muitas vezes comparáveis com as importadas, como é o caso da competente Força Tarefa.

Há um porém: se a produção não faz sucesso vaza rapidinho sem o compromisso de ter que ficar no ar durante o ano todo.
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A questão do monopólio global

Se você chegou até aqui, caro leitor, já deve ter concluído quais os motivos que fazem da TV Globo a líder de audiência no Brasil.

Desde que me conheço por gente vejo as pessoas questionando o chamado "monopólio global" e dizem que isso é culpa da emissora. Acontece o mesmo com relação a revista Veja.

Vou dar um exemplo: tempos atrás minha mãe comprou um leite condensado de uma marca desconhecida e o resultado foi catastrófico. Aqui em casa também sabemos que se comprar um trigo que não for "aquele" o bolo não cresce. Não adianta insistir.

E assim como na culinária a vida na TV parte do princípio de que é preciso existir uma identidade entre quem está do lado de lá e nós que estamos na sala prestigiando. É necessário ter confiança para comprar uma vez e voltar ali no dia seguinte com um sorriso no rosto porque gostou.

Agora, vejam bem, se toda essa história sobre grade fixa e "costume" fosse mentira, porque então a Globo seria líder há tantos anos e com vantagem?

É esse o segredo da dita "poderosa", além de ter profissionais capacitados e oferecer qualidade na programação.

Não que não erre, também faz suas cacas, no entanto costuma acertar bem mais.

E o problema, no final das contas, é que mesmo quando as concorrentes pensam estar brigando com a Globo elas seguem numa luta infindável entre elas.

Elas acertam  num dia, fazem um tremendo auê como se realmente fosse o máximo e se esquecem que no dia seguinte precisam repetir o feito. E não conseguem.

Mais uma vez pode ser comprovado por podermos afirmar que o momento em que a Record mais acertou em sua grade foi quando se "inspirou" e literalmente copiou a Globo. Bastou olhar no vizinho SBT pra coisa desandar e começarem a investir em mudanças bruscas na grade.

O que é necessário, portanto, é parar de questionar o "monopólio global" e tentar fazer melhor. Ninguém obriga o telespectador a sintonizar na Globo, ele o faz por gostar. E gosto, definitivamente, não se discute.

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TV Cultura: Passado, presente e... vai existir futuro?

A TV Cultura sempre foi reconhecida pelos programas desenvolvidos para crianças, sempre muito criativos e conquistando sucesso junto ao público. Não a toa seus infantis frequentemente são a maior audiência da casa.

Contudo, ao menos na TV aberta, não fosse o Cocóricó as produções infantis estariam estagnadas. Hoje em dia os investimentos do segmento são destinados à TV Rá-tim-bum.

No entanto, é bom dizer, os jovens ainda encontram na Cultura programas que evoluíram junto com as pessoas dessa faixa etária. Quer dizer, tinham.

O Login, destinado a "geração y", é um dos programas cortados dentro das novas diretrizes da emissora.

A Cultura, que é uma TV pública, passa pelos mesmos problemas das demais emissoras comerciais: falta alguém que realmente entenda de TV para o comando. Um profissional.

E eu acho que o canal estava em boas mãos antes da chegada de Sayad. Só que bem sabemos que aparentemente as redes de TV no Brasil não querem realmente dar certo. Sabe aquela história de que Silvio Santos não gosta de ver ninguém fazendo sucesso além dele? Então.

É um mito, mas que analisando friamente parece ter um "q" de verdade.

Assim também dá para analisar a TV no geral, especialente insistindo no fato de que faltam profissionais capacitados para mandar.

Enquanto isso, "manda quem pode e obedece quem tem juízo".

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Pra que tanta tecnologia se falta qualidade?

A Rede TV! é uma das emissoras que mais investe em tecnologia. Vive anunciando ter adquirido isso ou aquilo.

Contudo, sempre vem a velha pergunta: pra que tudo isso quando falta qualidade e programas bons de verdade?

A emissora completou 10 anos no ar e em nada lembra seus primeiros meses, quando conseguiram reunir uma equipe invejável de profissionais com nomes como o de Marília Gabriela e Rubens Ewald Filho.

Hoje os "grandes nomes" são as esposas dos patrões e os programas apresentados são dignos de alguém que se inspira em ser jornalista baseado em uma propaganda no rótulo de um Toddynho – e Daniela Albuquerque fez isso.

E esse não é um problema restrito a Rede TV!: vários canais dizem estar exibindo atrações em HDTV, mas qual a vantagem de assistir porcaria em alta definição?

É o mesmo que comer em um fast food e acreditar que está matando a fome quando na verdade está se entupindo de alimentos nada saudáveis, com ou sem gordura trans.

No futuro, como disse um internauta certa vez, com a TV em 3D será possível assistir a cobertura de um funeral com a Sonia Abrão sentada no sofá de sua casa.

Pense nisso!
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Quando a Band finalmente acerta - e ainda erra

2010 tem sido um ano inacreditável para a Band após outros de muitos erros. Ultimamente apenas o programa CQC se salvava em sua grade de programação - tirando o jornalismo e obviamente sem contar Datena e cia.

Agora o panorama é outro. Se antes o CQC era filho único, hoje ele tem irmãos que brilham ainda mais. É o caso do É Tudo Improviso que chegou para ocupar a vaga do próprio CQC em suas férias, conquistou audiência e críticas positivas.

O grande acerto, entretanto, leva o nome de A Liga, programa com um formato parecido com o Profissão Repórter da Globo mas com pegada e estilo próprio. Em algumas ocasiões, merecidamente, figurou como a maior audiência da rede.

Mas, como bem diz o título, nem tudo são flores.

Só em 2010 destruiram o novo formato do Dia Dia que tinha tudo para dar certo caso a emissora não repetisse os mesmos erros do passado - merchans em excesso e Daniel Bork, por exemplo -, o Boa Tarde que estreou duas vezes e ainda assim saiu do ar ou a novela Quase Anjos que começou na faixa noturna e foi parar nas manhãs.

Fora isso, Marco Luque veio com O Formigueiro, mas esse, nem com muito açúcar vai conquistar os telespectadores. É bobo não faz jus ao talento do humorista.

De um modo geral, quando se compara o ano de 2010 da Band com os anteriores é possível afirmar que a emissora cresceu e se tornou atraente. O perigo, hoje, é fazer o mesmo que a Record: após mostrar que podia e sabia fazer jogou tudo para o alto e apostou no sensacionalismo para conquistar audiência fácil.

Não é por aí e o fato de a Record ter voltado a brigar pelo segundo lugar com o SBT é prova disso.

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Quando o SBT tentou ser diferente

Silvio Santos estava tão estabilizado na segunda posição que nunca imaginou que os telespectadores, ou as “colegas de trabalho”, como ele diz, um dia iriam se importar com as constantes mudanças na grade de programação - programas cancelados, novelas saindo do ar picotadas ou sem a exibição de seu final.

Foram tantas as trapalhadas que a Record soube se aproveitar e mostrar ao público televisivo que ela poderia ser uma opção. Cresceu tanto que realmente ultrapassou o SBT.

Nesse momento Silvio Santos escalou a filha Daniela Beyruti para reformular seu canal de TV e torná-lo novamente atrativo para os telespectadores e também para o mercado publicitário.

Grandes feitos foram contabilizados na curta "Era Beyruti", como a criação da faixa "SBT Show" às 20h que contava com grandes sucessos como Qual é o seu Talento e Esquadrão da Moda ou com a exibição de séries às 21h confrontando com as novelas "das oito" na Globo.

Foi também em sua gestão que profissionais voltaram a acreditar no SBT e aceitaram deixar a TV Record, onde faziam sucesso, para desenvoler seu trabalho no SBT. Dentre os destaques, Eliana, Roberto Justus e Tiago Santiago.

Beyruti, dessa forma, caminhava para deixar de lado a impressão de que o SBT era um mero brinquedinho de seu pai para se tornar um canal profissional e adulto, tendo formatos próprios para apresentar e novidades no ar, não apenas reprises.

No entanto, como seu pai, ela mostrou que além do lado profissional tinha o lado "brincalhona" e sem avaliar melhor as ideias e estudar a real vontade do telespectador em geral, acatava sugestões dadas por adolescentes que usavam o sistema de microblog Twitter para dizer o que ela devia ou não fazer no SBT.

Na base dessa "brincadeira" Daniela Beyruti destruiu seu próprio feito ao substituir o sucesso Sobrenatural - na faixa de séries - por Gossip Girl, baseando-se unicamente em uma enquete onde o internauta poderia votar quantas vezes desejasse, ou seja, podendo os fãs das séries votar em massa e conseguir que o resultado fosse do interesse deles e não do coletivo.

Foi muita ingenuidade, uma empresa não pode ser tratada assim, ainda mais quando a intenção é agradar a maioria. Fosse um canal segmentado a história seria outra.

Foi por conta de erros primários que Silvio Santos reassumiu o SBT e retomou com suas adoradas... reprises.

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O “jeito Silvio Santos” de fazer TV

Silvio Santos é uma personalidade única, mas se você analisar bem, apesar de ser um comunicador que dispensa comentários, como empresário de TV ele deu foi sorte. E muita.

É um cara que recorre frequentemente ao famoso "mais do mesmo" ou a reprises - e a famosa e eternizada "grade voadora".

Você leitor, tem noção de quantas vezes ele já reprisou Maria do Bairro ou A Usurpadora? E os episódios de Chaves ou Chapolim?

Basta o “homem do baú” se ver em apuros para lançar mão de algo popular que deu certo no passado para alavancar os índices da programação. E muitas vezes deu certo.

Silvio Santos já rifou muitas atrações pouco tempo após ter entrado no ar – Você é o Jurado com Supla ficou no ar apenas por uma semana - e as substituiu por reprises. O mexicano Chaves é o mais famoso no quesito, considerado um coringa na programação.

Só que hoje em dia até o personagem se desgastou: nada de médias próximas dos vinte pontos, tem que se contentar com seis - ou menos. Não é nem metade do que costumava registrar.

Como veremos no próximo capítulo, Daniela Beyruti, sua filha, bem que tentou transformar o canal de seu pai em algo melhor - e de fato acumulou algumas vitórias, como profissionais que acreditaram em seu trabalho e assinaram com o SBT -, mas Silvio sempre prefere o jeito mais fácil e rápido. Ele não tem paciência para esperar resultados, mesmo tendo ouvido durante toda sua vida que "televisão é costume".

Não bastasse as reprises, Silvio também adora resgatar quadros ou programas do passado e produzir novas versões. Em seu próprio programa encontramos sucessos do passado refeitos ou pegadinhas reprisadas a exaustão.

Até A Casa dos Artistas, grande marco do SBT, foi pura sorte. Bastou o "patrão" colocar seu dedinho imaginativo para estragar o formato e espantar o público.

Continua...

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Novelas que reproduzem as paginas policiais

A Record realmente tentou fazer telenovelas e estava caminhando bem. Seu trabalho mais elogiável desde que voltou a investir no segmento foi a telenovela Essas Mulheres, uma obra prima da TV. Tamanha qualidade surpreendia, ainda mais porque era a segunda novela produzida pela Record nessa sua nova fase.

Mas a audiência não era nada quando comparada a de A Escrava Isaura, cuja versão fez um grande sucesso para os padrões da Record naquela época. E Isaura já veio com um apelo de décadas, afinal a produção viajou o mundo quando a história foi contada pela TV Globo.

E foi com Prova de Amor, terceira novela da fase "a caminho da liderança" que a Record começou a perder a mão e, como no jornalismo, buscar o jeito mais fácil de conquistar audiência.

Tiago Santiago, que nadava de braçadas por conta da aceitação dessa nova Record junto ao público, mostrou nesse folhetim que não era um roteirista tão inventido quando não tinha em mãos um texto forte como o de A Escrava Isaura.

Apesar de ser inspirada em uma outra história de sucesso – A Pequena Órfã - Prova de Amor estava mais para um projeto autoral e não um remake. Perdido, repetia situações a exaustão e, em meio a uma febre por audiência, passou a reproduzir o noticiário policial no folhetim. O resultado foi instantâneo.

Fazendo a alegria de sua emissora, Santiago inspirou outros autores da casa que apostaram em violência para produzir outras telenovelas, como Vidas Opostas e Chamas da Vida.

O recurso ficou tão frequente que nem a história de Betty, a Feia - Bela, a Feia na Record - escapou ilesa.
Como resultado, boa parte do elenco estelar que a Record conquistou rumou de volta à TV Globo.

Apesar dessas afirmações, não dá pra deixar de destacar o trabalho digno do autor Lauro César Muniz, que sobreviveu em meio ao tiroteio dos folhetins. Só que nem tudo é perfeito: suas novelas não repetiram o fenômeno de audiência das demais e por conta disso sambaram pela grade de programação.

É realmente difícil admitir um fracasso. Muitas vezes a Globo tentou por meio de pesquisas de aceitação verificar o que havia de errado em suas tramas para tentar recuperar o público perdido e não deu certo. Não partiram, no entanto, para a baixaria. Aceitaram a rejeição com dignidade e por isso, mesmo quando uma novela é realmente ruim, a audiência da Globo costuma ser maior ou igual a das concorrentes somadas.

Vejo como um laço de respeito entre o telespectador e a Globo, aquele chamdo "Q" de qualidade.

Não estou dizendo aqui que a Globo não erra e que não desrespeita seu público - a série Norma está aí para provar isso - mas não costuma errar tanto quanto as outras. Isso é fato!

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O jornalismo que é sensacionalismo

Isso não é uma novidade da atualidade. A surpresa fica por conta do fato de surpreendentemente termos vivido um período de calmaria sem sensacionalismo na TV.

Isso aconteceu após o final do Cidade Alerta na TV Record, quando a emissora dizia desejar mudar sua imagem. Renovaram o quadro de apresentadores e apostaram no formato de sucesso e até hoje nunca esquecido do Tudo a Ver com Patrícia Maldonado e Paulo Henrique Amorim.

O jornalístico atingia médias superiores a seis pontos, o que é bom para a rede, porém em nada comparável aos 14 ou mais registrado pelo finado Cidade Alerta.

Foi aí que aconteceu a estreia do SP Record e o canal deu início ao grande investimento de sua nova fase: as coberturas policiais.

Hoje já não são mais reconhecidos por trabalhos de qualidade e muito menos existe qualquer expectativa de tornar real o slogan "a caminho da liderança".

A liderança – em alguns momentos - acontece sim, mas à custa da cobertura da desgraça alheia: basta analisar o crescimento registrado nos meses das mortes de Isabela Nardoni, Eloá Pimentel, Mércia Nakashima, Elisa Samudio e tantas outras.

A Record é capaz de interromper a programação e ficar repetindo a exaustão a mesma informação por míseros pontinhos a mais de audiência.

Por que isso não contribui para resultados sólidos? Fácil: precisariam de ao menos desgraças de grandes proporções semanais para manter o público ligado.

É preciso fidelizar o telespectador e uma atração sensacionalista não consegue isso.

O motivo é simples: enjoa, só dá resultado quando acontece uma tragédia e se realmente cai na boca do povo. Tanto é verdade que alguns casos se tornam mais "importantes" que os outros, especialmente quando envolve alguém com certa fama ou poder.

Além disso, o jornalismo sensacionalista perde a credibilidade porque o foco deixa de ser a informação e sim conquistar o público a qualquer custo.

Isso traz outra consequência: os anunciantes costumam investir em produções jornalísticas, no entanto não querem associar sua marca com produtos de gosto duvidoso.

É garantia de audiência sim - em algumas situações -, mas qual a vantagem de um retorno que não se sustenta financeiramente e que não se mantém com os casos "simples" do dia a dia?

A sorte dos canais de TV, se é possível afirmar algo assim, é que infelizmente diariamente somos bombardeados com desgraças humanas e naturais.

E sim, é necessário essa prestação de serviço que é divulgar uma notícia, mas como jornalismo e não na base do sensacionalismo.

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De onde vem essa paixão pelas produções televisivas?

Desde pequeninos somos apresentados ao televisor, basicamente desde os primeiros meses. Já há algum tempo a TV funciona como uma "babá" para os pais que precisam fazer algo além de simplesmente ficar 24h de olho no que o filho está aprontando.

Mas, como as opções - boas - estão escassas, muitos acabam recorrendo aos DVD´s que imprimem a segurança de não exibir algo inadequado -  isso quando o pai realmente se importa com o que o filho assiste.

E assim, meio que "obrigados", vamos ficando íntimos da fábrica de sonhos e nos familiarizando com a programação das emissoras, criando fidelidade e nos programando para conferir nossas atrações preferidas.
É difícil encontrar quem não teve uma infância em frente ao televisor e, mesmo hoje tendo a internet a disposição de crianças ainda novinhas, muitas delas ainda passam boa parte de seu tempo na TV, já que alguns pais permitem apenas algumas horas no computador.

A desvantagem, no entanto, é que os grandes programas infantis que marcaram época ficaram na saudade. Balão Mágico, Xow da Xuxa, Bozo, TV Colosso e Castelo Rá-Tim-Bum só em reprises.

Hoje a violência predomina e os programas que deixam saudade em muitas gerações, caso fossem produzidos, seriam chamados de "mico". Não funcionariam nessa nova realidade.

As crianças crescem em frente ao televisor mas infelizmente não terão uma memória saudosista tão bacana quanto a nossa.  Ainda assim é impossível não se apaixonar pela TV, esse veículo que proporciona entretenimento sempre que quisermos, mesmo que seja por meio de um filme no DVD!

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Manchete, um canal que faz falta nesses 60 anos de TV

Sou jornalista formado e há dez anos escrevo sobre televisão para a internet, tendo passado pelos principais veículos que tratam sobre televisão online.

Não é uma tarefa fácil e muito menos satisfatória. Seria caso os donos das emissoras de TV de nosso país tentassem tirar proveito de críticas construtivas.

Isso não existe. Verificamos erros diários e insistência em repetir o que não deu certo.

Se você viu que errou, leu críticas a respeito e se, especialmente, o telespectador não aprovou, o lógico seria tentar algo diferente.

Mas o que se vê, infelizmente, é uma falta de vontade tremenda. É mais fácil pegar algo pronto e tentar piorar um pouco para ver se assim dá resultado. Algumas vezes isso acontece – existe algo chamado sorte.

E o que se verifica, acima de qualquer coisa, é a falta de profissionais capacitados para ocupar os principais cargos dos veículos de TV. E também profissionais para trabalhar dentro da fábrica de sonhos.

Em 18 de setembro de 1950 teve início a primeira transmissão de TV no Brasil. De lá para cá, 60 anos se passaram e a sensação é que os brasileiros ainda não aprenderam a fazer TV.

Será que é tão difícil assim?

Vou te mostrar que não. Aqui você irá encontrar os principais erros cometidos nos últimos tempos nesse adorado "brinquedinho" e concluir junto comigo que tudo poderia ser diferente, afinal, as pessoas ainda assistem muitos programas da TV, porém, fazem isso via internet.

Esta produção vai se restringir aos últimos 25 anos, que por sinal é a idade deste que vos fala. Vamos praticar a honestidade, afinal não dá para falar do que não vivi.

Da década de 80 para cá pouca coisa mudou. De novo, em rede nacional, apenas o surgimento da Rede TV! que chegou para ocupar a vaga deixada pela extinta TV Manchete.

E, aliás, esse é um pedaço da história que merece destaque. Até hoje, mais de dez anos após seu fim, muitos ainda não entendem o que motivou a queda de  um canal tão repleto de sucessos em meio a uma terrível crise financeira.

Não estamos falando sobre sucessos repentinos. Novelas como Pantanal, Dona Beija, A História de Ana Raio e Zé Trovão, Tocaia Grande e Xica da Silva atingiram números significativos de audiência e até hoje são lembradas e inclusive reprisadas por outras redes que não conseguem o mesmo feito caso exibam uma produção própria.

A Manchete também se destacou com produções infantis que vão desde a estreia de Xuxa e Angélica no Clube da Criança até os seriados Jaspion e Cavaleiros do Zodiáco que rapidamente caíram no gosto da garotada - o jornalismo e as transmissões do carnaval engrossam a lista de sucessos do canal.

O que se vê, no final das contas, não é uma TVJB - TV do grupo Jornal do Brasil - que teve pouco tempo no ar e partiu sem deixar marcas.

Há inclusive quem lamente a extinção da Manchete especialmente pelo que veio na seqüência, a Rede TV!, que em nada lembra a antecessora.

E é exatamente aí que está o X da questão: sem a Manchete, um grande sucesso desses 60 anos de TV no Brasil, não estaria o caminho livre para as demais emissoras brilharem? Não é bem por aí, confira a seguir!

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