Foram tantas as trapalhadas que a Record soube se aproveitar e mostrar ao público televisivo que ela poderia ser uma opção. Cresceu tanto que realmente ultrapassou o SBT.
Nesse momento Silvio Santos escalou a filha Daniela Beyruti para reformular seu canal de TV e torná-lo novamente atrativo para os telespectadores e também para o mercado publicitário.
Grandes feitos foram contabilizados na curta "Era Beyruti", como a criação da faixa "SBT Show" às 20h que contava com grandes sucessos como Qual é o seu Talento e Esquadrão da Moda ou com a exibição de séries às 21h confrontando com as novelas "das oito" na Globo.
Foi também em sua gestão que profissionais voltaram a acreditar no SBT e aceitaram deixar a TV Record, onde faziam sucesso, para desenvoler seu trabalho no SBT. Dentre os destaques, Eliana, Roberto Justus e Tiago Santiago.
Beyruti, dessa forma, caminhava para deixar de lado a impressão de que o SBT era um mero brinquedinho de seu pai para se tornar um canal profissional e adulto, tendo formatos próprios para apresentar e novidades no ar, não apenas reprises.
No entanto, como seu pai, ela mostrou que além do lado profissional tinha o lado "brincalhona" e sem avaliar melhor as ideias e estudar a real vontade do telespectador em geral, acatava sugestões dadas por adolescentes que usavam o sistema de microblog Twitter para dizer o que ela devia ou não fazer no SBT.
Na base dessa "brincadeira" Daniela Beyruti destruiu seu próprio feito ao substituir o sucesso Sobrenatural - na faixa de séries - por Gossip Girl, baseando-se unicamente em uma enquete onde o internauta poderia votar quantas vezes desejasse, ou seja, podendo os fãs das séries votar em massa e conseguir que o resultado fosse do interesse deles e não do coletivo.
Foi muita ingenuidade, uma empresa não pode ser tratada assim, ainda mais quando a intenção é agradar a maioria. Fosse um canal segmentado a história seria outra.
Foi por conta de erros primários que Silvio Santos reassumiu o SBT e retomou com suas adoradas... reprises.