Desde que me conheço por gente vejo as pessoas questionando o chamado "monopólio global" e dizem que isso é culpa da emissora. Acontece o mesmo com relação a revista Veja.
Vou dar um exemplo: tempos atrás minha mãe comprou um leite condensado de uma marca desconhecida e o resultado foi catastrófico. Aqui em casa também sabemos que se comprar um trigo que não for "aquele" o bolo não cresce. Não adianta insistir.
E assim como na culinária a vida na TV parte do princípio de que é preciso existir uma identidade entre quem está do lado de lá e nós que estamos na sala prestigiando. É necessário ter confiança para comprar uma vez e voltar ali no dia seguinte com um sorriso no rosto porque gostou.
Agora, vejam bem, se toda essa história sobre grade fixa e "costume" fosse mentira, porque então a Globo seria líder há tantos anos e com vantagem?
É esse o segredo da dita "poderosa", além de ter profissionais capacitados e oferecer qualidade na programação.
Não que não erre, também faz suas cacas, no entanto costuma acertar bem mais.
E o problema, no final das contas, é que mesmo quando as concorrentes pensam estar brigando com a Globo elas seguem numa luta infindável entre elas.
Elas acertam num dia, fazem um tremendo auê como se realmente fosse o máximo e se esquecem que no dia seguinte precisam repetir o feito. E não conseguem.
Mais uma vez pode ser comprovado por podermos afirmar que o momento em que a Record mais acertou em sua grade foi quando se "inspirou" e literalmente copiou a Globo. Bastou olhar no vizinho SBT pra coisa desandar e começarem a investir em mudanças bruscas na grade.
O que é necessário, portanto, é parar de questionar o "monopólio global" e tentar fazer melhor. Ninguém obriga o telespectador a sintonizar na Globo, ele o faz por gostar. E gosto, definitivamente, não se discute.